"Uma hora"
Tenho dormido muito cedo. Infelizmente, tudo em mim tem vida.
Menos os erros exatos dos outros.
As lembranças tristes em meio a julgamentos imensos...
Todos injustos, todos deploráveis, todos tantos...
Os minutos marcantes, meus perdões petulantes...
Num mesmo coração que vê num relógio, o que vê!
Imagine a curiosidade do que vejo no meu próximo,
Desejando o melhor a cada um, como se portasse a felicidade,
Como se não tivesse maldade, ou não participasse do meu choro de sempre...
Às dez e dezessete da noite, vi um balé ingênuo,
Por isso, não conto à autoridade como conto o! tempo.
Simplesmente, em minha vida, tudo exerce papel de defeito.
É ousadia crer na benevolência alheia como creio.
Não devo ter crescido, só pode ser.
(Olívia)