Fechado!
Minha mãe um dia me falou,
- Cuidado, meu filho, você é muito frágil...
Sempre fui encaminhado, e entre os meus maiores cuidados, morava a atenção tresdobrada, para não perder a cabeça nos passeios que daria na vida...
Meu pescoço é tão bem atado, e o nó é feito os que marinheiros entrelaçam os impedimentos do barco... A corda que me segura inteiro, é a mesma me levado para todos os lados...
Com a cabeça presa nos passos e sorrindo sem medo de sorrir demais, acostumei a deixá-la que me acompanhe conforme vai podendo...
Ando rápido porque meus pés são de verdade, mas a cabeça é de vento...
Nunca reclamo, apesar de não ser praxe nos lugares, eu caber sem encolher o fio, passar na porta, ou me envergonhar do alarmado semblante alheio ao me avistar em algum lugar dentro, os surpreendendo em exagero...
Aprendi a ser natural, me aceitar por igual, e viver feliz como o mundo espera que seus corações sejam...
Pois eu tenho um coração forte, seguro, e apesar da situação delicada, ter uma cabeça enorme que não atende o corpo engraçado ao mesmo tempo, vou vasculhando o dia estupefato, acumulando histórias e cenas belas, tendo a minha idadezinha pequena...
Pensei que ter medo de incidentes e combinados ganhando imprevistos fosse algo vago, e não cri valioso o ficar estático, esperando murchar e nunca arriscar ser feliz mais um momento simplesmente por poder explodir e acabar...
Como acabaria acontecendo.
Minha mãe um dia me disse,
- Cuidado, meu filho, você é muito frágil...
Querendo ensinar a temer o descaso do próximo...
Porém, acreditei no cuidado espetacular que as pessoas teriam com a integridade do outro...
Foi muito bom acreditar no contrário, até o dia em que minha mãe teve razão.
(Olívia)