"Andar e fazer outras coisas"
Às sombras firmes, estendi o tempo, respeitei e o fiz parceiro... Decidi parar de parar quando comecei a morrer. Olhei sem temer o futuro, aonde ainda neste tempo, piso suavemente. Meus excessos os deixo aos passos, Silenciosos destratos, diante de fé intacta, Não sei mais parar. Da saudade e do sucesso, mesclados tantos hediondos fatos, Amaciei sem pensar, amadureci enquanto passei... Por horrores, ou amores, medos e dores... Desisti de desistir. Agravando-se a pretérita trajetória, aprendi só a continuar. Pausando menos, sonhando também raramente, Longe de apatia, dormências ou defesas... Foi a entrega que fez o andar! Deixei de escolher uma regra do corpo a dividir, parei de 'somente' chorar, dormir, comer, esquecer... Passei a fazer tudo ao mesmo tempo da caminhada, não deixando minha vida doer sozinha... Tenho preparo desde então, para andar triste ou rir dormindo, Comer pensando, cultivando o amanhã ontem, sabendo piorar sem permanecer em um único lugar... Andar então, vi...